sábado, 12 de fevereiro de 2011

O romantismo e o comercial: Impacto do progresso e tecnologia nos cinemas de BH

" O cinema foi a arte por excelência do século 20, mas terminou antes do século. No século 21, então, o cinema está pra lá de morto.O filme virou só mais um produto audiovisual, coisinha à tôa, telefilminho, telinha, televisão, salinha de exibição em shopping center,artigo de locadora de vídeo. Não é mais cinema".Esse relato é de um integrante de um dos mais importantes movimentos da música brasileira, o Clube da Esquina, em entrevista ao blog Música, teatro e Cia.
Cinéfilo confesso, Márcio Borges relata em seu livro Os sonhos não envelhecem- Histórias do clube da esquina, o início de sua parceria com Milton Nascimento, no êxtase de terem assistido juntos ao filme Jules and Jim, de François Truffaut, na década de 60. À época, o cinema era uma das grandes atrações de BH, e foi um dos responsáveis por essa união que renderia um trabalho musical admirado no Brasil inteiro.
Foi pensando em histórias como essa que o estudante de jornalismo da Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte, Ricardo Ribeiro decidiu realizar seu trabalho de conclusão de curso baseado nos antigos cinemas de BH. A idéia do estudante é justamente abordar a decadência das salas de cinema tão populares nos anos 60 e 70.
Fascinado por cultura, Ricardo Ribeiro é colunista do Jornal Correio Eletrônico. A idéia da pesquisa veio com a percepção que, com o avanço tecnológico e do progresso, novas formas de entretenimento contribuíram para a queda na freqüência nos cinemas. Além disso, o surgimento do videocassete, substituído pelo DVD e “auxiliado” pela pirataria tornaram “inviáveis” as grandes salas de cinema.